Acometendo cerca de 176 mil novos pacientes por ano, o câncer de pele é o tipo da doença mais incidente no Brasil. Comum em pessoas com mais de quarenta anos e relativamente raro em crianças e negros, afeta principalmente pessoas de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias.
Sendo a pele o maior órgão do corpo humano, o câncer de pele não melanoma apresenta diferentes linhagens, sendo os mais frequentes o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC). O primeiro é considerado menos agressivo e invasivo, e, apesar de ser um dos cânceres de pele mais frequentes, também possui o maior índice de cura.
Por outro lado, o espinocelular, também chamado epidermoide, é um tipo de tumor maligno que surge na camada superficial da pele (epiderme), principalmente nas regiões do corpo expostas com frequência à radiação solar. As lesões do carcinoma epidermoide proliferam células escamosas que podem resultar em metástases em órgãos internos, como os pulmões e o colo do útero, por exemplo.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 70% dos brasileiros acima de dezesseis anos se expõem ao sol de forma intencional durante atividades de lazer, sendo que destes, 63% não usam protetor solar diariamente. Além disso, mais de 4% da população não se protege de forma alguma quando vão a praias ou piscinas.
Dezembro Laranja
É importante lembrar que a maioria dos casos de câncer de pele pode ser evitada através de medidas simples de proteção diária, como o uso do filtro solar. E, com a intenção de estimular a população a se prevenir e a buscar o diagnóstico da doença, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) deu início em 2014 ao movimento de combate ao câncer de pele, chamado “Dezembro Laranja”.
Desde então, o último mês do ano é usado para reforçar medidas fotoprotetoras ao câncer mais comum no país no dia-a-dia dos brasileiros, além de buscar a mobilização da população através das redes sociais, com o uso das hashtag #dezembrolaranja. Vale lembrar que, uma vez feita de forma inadequada, como em horários de alta incidência de raios UV, a exposição solar pode provocar outros inúmeros danos à pele e à saúde (confira o post sobre a importância do protetor solar). Proteja-se!